Apenas Eu

Minha foto
Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brazil
Errante viajeiro pelo universo das palavras. Palavras que, geralmente, desejam expressar mais que aquilo que realmente conseguem dizer. Palavras resultantes de uma ebulição de sentimentos humanos; os quais pululam agora mesmo dentro de mim. Já fui inocente, já fui culpado, hoje sou remido. Já fui coração, já fui razão, hoje sou sensato. Já apanhei, já bati, hoje prefiro não brigar. Já tive pena dos outros. Já tive pena de mim. Hoje prefiro mudar, ajudar, levantar. Já acreditei em papai-noel. Já acreditei em políticos. Hoje acredito em Deus, o que me permite sonhar ainda mais alto. Se pudesse sozinho mudar o mundo, O faria agora, começando pelo meu.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Apenas eu



Nesta ocasião altero o título deste blog de “O eu outro” para “Apenas eu”. Altero porque não posso atribuir a “outro eu” aquilo que parte de mim mesmo, e não de outro; pois sou apenas um, ainda que feito de fragmentos de mim. Fragmentos imperfeitos; que por vezes não se encaixam, não se entendem, não se acordam. Mas sou apenas eu e minhas próprias limitações, minhas próprias contradições, minhas próprias dúvidas, minhas próprias descobertas, minha própria guerra, travada em mim mesmo.

Tenho vinte e quatro anos e ainda não me conheço. E por vezes não me reconheço. Mas quem é que se conhece por inteiro? Quem é que nunca se auto-surpreendeu com uma atitude? Um gesto? Um sentimento? Uma palavra? Quem é que se conhece? Diga-me. Ensina-me! Talvez Deus nos conheça, e por isto seja tão benevolente.
Sinto a necessidade de lavar as mãos. Elas estão maculadas de sangue. As lavo. Mas não as lavo numa atitude “pilatiana”, como quem se exime da culpa. As lavo repudiando-me, como quem deseja apagar uma mancha indesejada. Este sangue é do meu próprio coração, ferido de morte em minha guerra. Este sangue é de também de um coração interiorano, bárbaro, direito, que minha inconseqüência acabou por ferir.

Perdoem-me corações, por seu eu tão afoito, tão incontido, tão juvenil, tão nocivo. Mas creio...há de passar. Como tudo que vai...que passa; e “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. Quanto a mim, como no caso de picadura de serpente, meu próprio veneno me há de curar.
Se não me (re) conheço, ao menos me (re) encontro; sendo apenas eu.

Este sou eu. Apaixonado, inconsequente, aberto, imprudente. No entanto, suplico, não me tenha por contencioso. Não permita que minha queda faça esquecer minha postura; que meu gaguejar suplante minhas palavras; que o brilho dos meus olhos sejam ofuscados no momento em que pestanejo. Mas pese minha queda e minha postura; meu gaguejar e meus poemas; meu cochilo e meu olhar. O resultado será apenas eu, imperfeito em mim mesmo.

Um comentário:

Babi Bordin disse...

Não é que nossos fragmentos não se encaixam, é que nós demoramos a saber onde devemos coloca-lo... por vezes tentamos e tentamos encaixa-lo no lugar errado... por mais que ele QSE encaixe... nao fica perfeito... mas a gente so acerta se tentar... tenha ctz...

Eu tenho 23 anos, e sinto como se a vida começasse agora....mas agora peço que deus me ensine a viver... pq do meu jeito nao deu muito certo...

tem hr que a gente precisa deixar certas bagagens, sacudir a poeira... manter as coisas boas...

Amigos sao sempre bem vindos...

Considere-se um!!!!

Que seja sempre um recomeço... sempre ao ldao de Deus!!!