Apenas Eu
- APENAS EU
- Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brazil
- Errante viajeiro pelo universo das palavras. Palavras que, geralmente, desejam expressar mais que aquilo que realmente conseguem dizer. Palavras resultantes de uma ebulição de sentimentos humanos; os quais pululam agora mesmo dentro de mim. Já fui inocente, já fui culpado, hoje sou remido. Já fui coração, já fui razão, hoje sou sensato. Já apanhei, já bati, hoje prefiro não brigar. Já tive pena dos outros. Já tive pena de mim. Hoje prefiro mudar, ajudar, levantar. Já acreditei em papai-noel. Já acreditei em políticos. Hoje acredito em Deus, o que me permite sonhar ainda mais alto. Se pudesse sozinho mudar o mundo, O faria agora, começando pelo meu.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
O tempo passou... e ainda estou aqui... exposto a ser alvejado. Parece que não há mais temor pelo advento da morte. Penso que, talvez, ela me tenha seduzido (rsrs)... brincadeirinha.
Tenho a vida aqui bem dentro de mim. Como um manancial que não se esgota, mas que jorra para a vida eterna. Sim! Não há o temor pela morte; há apenas o regozijo pela vida.
Sim! Ainda estou aqui exposto aos ataques; mas serei como os momtes de Sião.
Quanto a ter sido seduzido... a morte não é assim tão atraente.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Tudo o que você me disse
Pelo menos o que lembro que aprendi com você
Está realmente certo.
Bem mais certo do que eu queria acreditar
Você gosta mesmo de mim
Se arriscando a me perder assim
Ao me explicar o que eu não quero ouvir.
Ainda não estou pronto pra saber a verdade
Ou não estava até uma estação atrás.
Acho que só agora eu começo a ver
Que tudo que você me disse
É o que você gostaria que tivessem dito pra você
Se o tempo pudesse voltar dessa vez.
Sou eu mesmo e serei eu mesmo então
E não há nada de errado comigo, não
Não, não, nãoNão preciso de modelos,
Não preciso de heróis
Eu tenho meus amigos,
E quando a vida dói
Eu tento me concentrar,
N'um caminho fácil
Sou eu mesmo e serei eu mesmo então
E eu queria que o tempo
Pudesse voltar dessa vez
Legião Urbana
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora eu ando correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa o que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar
Agora eu vejo,
Aquele beijo era mesmo o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E agora é tarde, acordo tarde
Do meu lado alguém que eu não conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia
Agora eu vejo,
Aquele beijo era o fim, ah era o fim
Era o começo
E o meu desejo se perdeu de mim
E nunca mais, nunca mais, ou..
Legião Urbana
terça-feira, 24 de junho de 2008
As estações mudaram desde a última vez...e não reconheço qual vigora neste instante. Mas vejo flores, pássaros, esperança... no céu o símbolo da aliança: o arco-celeste veio me saudar.
Abro os braços...a vida roça afetuoso em minha face. Seu gosto...sabor de novidade: “novidade-de-vida”. Um lindo pássaro pousou em minha fronte...lindo...inusitado...atarantado...mas não permito que nela construa seu abrigo. O espanto. A liberdade é seu destino.
Aqui fora está gostoso; mas todas essas cores, sons e movimentos me assustam. Aqui tudo parece perene, ao passo que tudo passa sistematicamente tão rápido, que alguns detalhes tornam-se imperceptíveis. E ele não volta. Não absolve. A borboleta bate suas asas e seus efeitos se farão sentir até o infinito.
Ouço um grito. Não sei se de aflição... se de conquista...mas ele ecoa e incomoda. Folhas se vão ao soprar do vento, e as árvores, como num tom de lamento, reproduzem o som produzido pelo vento.
Há frutos. Me alimento. Seu gosto ainda é desconhecido, mas meu paladar não o rejeita.
Fernando Pessoa
Nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim
Tçao diferente
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre, sempre acaba
Mas nada vai
Conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí então estamos bem
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir
Nem tentar
Agora
Tanto faz
Estamos indo
De volta pra casa
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir
Nem tentar
Agora
Tanto faz
Estamos indo
De volta pra casa
*Cássia Eller
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Tudo bem. Não diga nada, se não há nada a dizer. O silêncio é revelador. Os olhos são mais elucidantes. A voz desvia a atenção.
Nos entendemos bem; mesmo na ausência das palavras. Tudo o que havia a ser dito, já foi...e onde repousaram? Em alguma praia, talvez; ou quem sabe debaixo de algum viaduto, esquecido e abandonado em alguma calçada à margem da estrada da vida; lugar propício às contradições, aos contrastes. Não! Esperançosamente opto por acreditar que repousam em algum porto-seguro, mesmo que não possa mais vislumbrá-los.
Não há mágoas. Como poderia haver?
Há uma tentativa...um recomeço...uma disposição...mais tímida, é verdade; mas não menos verdadeira.
Ainda escrevo. Ainda me inspiras...
Este é o nosso espaço, quase que exclusivo, não fosse algumas duas intervenções. Cá estou todos os dias, à espera... por vezes admirando o pôr-do-sol, sem ser agraciado com a tua presença; mas amanhã ele nascerá novamente, e com ele renova-se a minha esperança; e cá estarei com esta rosa derretendo em minhas mãos.
Este sol me castiga. Não há por perto uma sombra sequer. Uma fonte de água...um quiosque que venda bebida. Estamos só: eu e saudade.
Não existem mais mistérios. Todos foram revelados. Quando existiam...ah quando existiam...tudo era diferente. A curiosidade era nosso combustível. Queríamos mais. Ir além. Surpreender, instigar, intrigar...agora...agora somos quem somos.
Abandonamos o atalho; voltamos ao caminho. Cada um no seu, na tentativa de chegar ao mesmo lugar: a desejada felicidade. Ainda não cheguei lá, mas acredite, estou feliz.
Que haja muitas rosas com esta que ainda derrete entre meus dedos, em seu longo caminho; e que no meu...que no meu apenas não haja os espinhos, mas se houver, pretendo não me ferir.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Nossa fuga
E no quarto escolhido; nosso ninho no escuro, nosso porto seguro, vejo-te inteira pela primeira vez. Sem véu...sem distância...
E como quem não encontra palavras, apenas caminho em tua direção. Quero olhar em teus olhos; sentir teu coração, como quem sonda se alí é o seu lugar.
Parece irreal. Mas encontramos o meio do caminho.
Agora, desejo teu carinho e toco tua face real, alva, tímida, ansiosa. E este toque, no encontro das Cascas tênues, provoca uma explosão de sensações e sentimentos que amedrontam, instigam, convidam...
Tua nudez embaralha minha razão. Não sei se ouso, se pasmo, se te tomo pela mão.
Adeus à razão. Os instintos agora dominam. E quando abro os olhos, já és minha, por completo.
Quão agradável é respirar o teu ar, em teu corpo passear, sentir teus batimentos, elevar tua pressão.
Não há o medo da morte.
Há apenas o gozo da vida.
Tudo dantes proibido, agora permitido; pois a distância nos aproximou, o desejo nos laçou, algo nos conduziu. E este momento cheio de magia, nos revela a mais doce alegria de entregar-se à paixão; de seguir o coração e ignorar as consequências.
O ontem jamais existiu.
O amanhã não é esperado.
Nos importa o hoje e este sonho realizado. Um presente para mim...um presente paraty.
Traduzi-los, entendê-los, desvendá-los, acomodá-los cada um em seu devido lugar. Amores, traumas, desejos, prpjetos, ambições, fé, utopias...minha realidade, meus sonhos...os mais íntimos; os inconfessáveis ao Homem.
E me questiono até quando hei de ser esta incognita; este mapa cortado por caminhos desconhecidos que levam à lugares nunca dantes explorados.
O que tem me reservado a vida?
O que tem o Senhor Deus reservado à este miserável ignorante acerca das coisas que são, e que divaga acerca das coisas que não são como se fosse poeta, filósofo, abstrato?
Ah alma abatida...aquiete-se um tanto. Não te basta o céu? O sol? A lua? A própria vida e suas surpresas?
Não choro. Parece contraditório à tudo que disse; no entanto, me faltam as lágrimas. Foi-se o tempo em que meus olhos inundavam-se facilmente. Saudades deste tempo em que tudo era mais simples. Até mesmo chorar. Entretanto, se não choro, meus rascunhos substituem minhas lágrimas, meus sorrisos, meus berros...a mais pura e mais infiel tradução de tudo o que sinto.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Jesus Loves me
For the bible tells me so
Little ones to him belong
They are weak but he is strong
Yes Jesus loves me
Oh yes Jesus loves me
Yes, Jesus loves me
For the bible tells me so
Pressing on the up way
Always guides me more I pray
Undeserving and stubbornly
Never fail to love me still
Yes, Jesus loves me
Loves, oh yes Jesus loves me
For the bible tells me so
(I know I am loved) For the bible tells me so
(Feels so good to know ) That I'm never alone
See sometimes I'm lonely but never alone
For the bible tellsFor the bible tells
For the bible tells me so
See I know that he loves me
Whether I'm right (mm)
Whether I'm wrong (oh yes he did)
For the bible tells me (so)
*Whitney Houston
De Volta À Inocência
Tenho andado meio sem rumo,
Perdi a visão, perdi o temor, não fui sábio.
Sabe Senhor,
Eu pensei que Te conhecia,
Mas enganei a mim mesmo, manchei a pureza
E fui pra bem longe de Ti.
Mas estou de volta pra Ti.
Ao tempo da inocência eu quero voltar,
Ao tempo da pureza eu quero voltar,
Da simplicidade com Pai,
Humildade com Deus,
Ser curado do que o mundo me fez.
Ouvir a Tua voz como sempre ouvi,
Amar Tua palavra com todo meu ser.
Oh Deus tô com saudades de Ti,
Saudades de Ti,
Saudades de Ti.
*Quatro por Um
Que invade todo meu ser
Inundando-me de paz
Proporcionando-me prazer
Um regozijo contagiante
Desperta um sorriso adormecido
Uma alegria esquecida
Um gozo desconhecido
Há uma canção
Que insiste em tocar
Penetrando na minh'alma
Onde nada pode entrar
Grito.
Grito bem alto!
Grito!
E não mais me assalto.
Em algum lugar
Há de soar a minha voz
Levando este sentimento
À todos os meus algozes
Pois meu pranto
Converteu-se em hino
E as dádivas dos céus
Desembocaram sobre mim.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Hoje recebi este texto de uma linda amiga.
Tbm tenho saudades de vc minha bicudinha; e mesmo q não nos falemos todos os dias, nosso elo permanece.
Obrigado viu!
segunda-feira, 16 de junho de 2008
PEQUENA DIVAGAÇÃO
No caso de que trato – a sexualidade feminina – isto torna-se nítido no momento em que voltamos nossos olhos ao passado, especificamente até a primeira metade século XIX, quando a mulher era tida como gênero mais frágil, inferior e essencialmente maternal; teoria esta endossada por pensadores do século anterior, como Diderot, D'Alembert, Roussel, Cabanis. Além disso, o prazer sexual estava estritamente desvinculado do casamento e do ato reprodutivo, principalmente pelos homens, que procuravam satisfazer seus anseios “carnais” fora do seio conjugal, relegando a esposa o mero papel de rainha do lar – enquanto ele é senhor – e de mãe, sua principal e mais nobre função. Algumas teses defendiam que a natureza masculina era tipicamente racional, enquanto que a feminina era baseada em emoções. Firmino Junior, em sua tese de 1840, diz que "as mulheres são mais sensíveis, mais impressionáveis, extremosas, em tudo, dadas as coisas de pouca ou nenhuma consideração, mais eloqüentes, mais sujeitas a serem vencidas, graciosas em todos os seus atos; finalmente, é no sistema nervoso que reside toda a vida da mulher". No entanto, a segunda metade deste século reservou algumas mudanças que alteraram profundamente tais estruturas de pensamento.
Acentuado avanço tecnológico, mudanças no quadro socioeconômico, político e cultural, no mercado de trabalho, no estilo de vida e o surgimento de um ideário feminista colocaram em debate a posição social ocupada pela mulher, o papel dos gêneros e suas reais diferenças. Entretanto, qualquer manifestação feminista contrária ao pensamento vigente era tida como um atentado à ordem burguesa, e essas mulheres eram classificadas como "espécies híbridas", "degeneradas", "vampiras" ou mesmo "assassinas". Entretanto, este processo não pôde ser estagnado e as mulheres alcançaram espaços antes inimagináveis.
A mulher ultrapassou os limites da casa, da família, das tradições, e no século XX a mulher perde o estigma de “mulher-Bela Adormecida”, despertando para sua própria sexualidade. Não se sujeita mais a casamentos arranjados, e se o aceita, jamais será apenas por conveniência. O amor deve estar presente. O casamento passa a ter relação direta com o amor e o amor com o ato sexual. Uma conquista feminina.
Hoje, com a tecnologia ainda mais avançada, com as mulheres ocupando cada vez mais espaços dantes masculinos, com os métodos contraceptivos, a democratização das informações e tudo mais quanto o advento da modernidade nos faz viver, a mulher mais uma vez usa de seu direito e volta a separar o que ela mesma juntou. Quem disse ser necessário amor para se fazer sexo? É razoavelmente possível separar amor e sexo, ou amor e casamento. Se há casamentos por conveniência, este processo não é mais encabeçado pelos pais, mas pela própria mulher que o faz conveniente para si. A mulher assume o espaço masculino não só no mercado de trabalho ou na sociedade, mas também em sua própria mentalidade masculina, ou machista, enfatizando seu direito sobre o próprio corpo e sentimento, tendo aprendido a maestria de separar desejo e amor.
Vislumbro o momento em que homens encabeçarão movimentos “masculinistas” com a finalidade de recuperar espaços dominados. (parte sensurada por uma amiga feminista!rs)
São os “ritmos” meu caro. São os “ritmos”.
Não sei onde vou chegar
Não tenho medo de seguir
Mas tenho medo de voltar
Plantar, plantar porque homem sou
Plantar, colher para quem não plantou
Amar, amar quem nunca me amou
Ser mais escravo do que hoje sou
Quando a ida não é boa
A volta não pode prestar
Não tenho medo de seguir
Mas tenho medo de voltar
Acreditar no que eu acreditei
E trabalhar para quem trabalhei
Amar, amar quem eu já amei
Passar caminho que eu já passei
Zé Ramalho
Entre A Serpente E A Estrela
onde o amor vier
e ninguém tem o mapa
da alma da mulher
ninguém sai com o coração sem sangrar
ao tentar revelar
um ser maravilhoso
entre a serpente e a estrela
um grande amor do passado se transforma em aversão
e os dois lado a lado
corroem o coração
não existe saudade mais cortante
que a de um grande amor ausente
dura feito diamante
corta a ilusão da gente
toco a vida pra frente
fingindo não sofrer
mas no peito dormente
espera um bem querer
e sei que não será surpresa
se o futuro me trouxer
o passado de volta
num semblante de mulher
*Zé Ramalho
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Bom...o fato é que quando cursava a sétima série, uma amiga do colégio queria “ficar” comigo. No entanto, eu estava interessado na amiga dela. E agora? A solução que encontrei foi engraçada: inventei que eu tinha um irmão gêmeo e que ele estava interessado na tal menina. Incrível! Ela acreditou. Disse que queria conhecê-lo, conversar com ele para, quem sabe, marcar um encontro entre os dois. Rs
Pois bem, fui para casa antes de a aula terminar, tomei banho, pus outra roupa, penteei o cabelo de forma diferente e pegando minha scooter (na época era febre!) dirigi-me ao colégio. Chegando lá, procurei pela Mariana e apresentei-me como Marcos Vinícius, irmão do Marcos Clayton. Kkk....foi hilário! Talvez ali eu tenha descoberto que sou um bom ator. Conquistei-a. Ela marcou comigo às 23:00 horas na Rua das Pedras para apresentar-me à tal menina.
E lá estava o Marcos Vinícius, na hora marcada. Fomos apresentados. Não lembro-me do nome dela. Talvez pelo fato de eu não ter conseguido o que queria. Amou-me; mas quis apenas ser minha amiga. Enquanto isso, minha amiga mesmo estava sendo enganada.
Não passou muito tempo depois disso, a Mariana procurou-me e disse que ia voltar a morar em B.H. Fomos à praia do Mangue, caminhamos, conversamos...despedimo-nos. E até hoje arrependo-me de não tê-la beijado naquele instante em que meu coração palpitava acelerado, anunciando sua partida, e os olhos dela, cheios de lágrimas, denunciavam seu desejo de forma contida.
Correspondemo-nos durante um tempo, mas nunca confessei meu arrependimento. Hoje, queria ao menos saber onde ela está, como está...se bem, se feliz...
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Amor...
Ou de muitas coisas
De forma inesperada
Surge os amores
Amor de amigo
De inimigo
De amante
Muitas vezes incompreendido
Temido
Refutado
Outras vezes sofrido
Querido
Desejado
Nem sempre correspondido
Nem sempre regado
As vezes menino
Outras vezes calado.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Quem é esta
Que vestida de branco
Ensinua-se despida?
Que com uma rosa vermelha
Em cima da orelha
Faz-se exibida?
Que com movimentos sugestivos
Seduz o amigo
E oferece bebida?
Que é esta
Que cheirosa que só
Embiaga-me de desejo?
Que com toque sutil
Faz-me febril
Procurando o ensejo?
Que com voz de candura
Me desperta ternura
Me provoca festejo?
Quem és tu
Que mexe comigo
Sem dó nem piedade?
Que faz-me enlouquecer
Querendo teu querer
Como uma necessidade?
Que atiça minha libido
Com poses e bramidos
Me traz felicidade?
Quem és tu
Que irriga meu membro
E faz-me delirar?
Que conduz-me ao irreal
Que com dose fatal
Põe-me a sonhar?
Que és?
Pra você.
Meia-luz
Som ambiente
Langerie sensual
E o clima está quente
Janela entreaberta
Vento corrente
Corações acelerados
Limites ausentes
Charme de mulher
Sedução envolvente
Que denuncia escondendo
De libido latente
Toques mágicos
Que arrepiam a gente
Sensações extasiantes
Que a cada segundo se sente
Uivos de loucura
De gozo estridente
Caminhos de unhas
Doces marcas de dentes
terça-feira, 10 de junho de 2008
Apenas eu
Nesta ocasião altero o título deste blog de “O eu outro” para “Apenas eu”. Altero porque não posso atribuir a “outro eu” aquilo que parte de mim mesmo, e não de outro; pois sou apenas um, ainda que feito de fragmentos de mim. Fragmentos imperfeitos; que por vezes não se encaixam, não se entendem, não se acordam. Mas sou apenas eu e minhas próprias limitações, minhas próprias contradições, minhas próprias dúvidas, minhas próprias descobertas, minha própria guerra, travada em mim mesmo.
Tenho vinte e quatro anos e ainda não me conheço. E por vezes não me reconheço. Mas quem é que se conhece por inteiro? Quem é que nunca se auto-surpreendeu com uma atitude? Um gesto? Um sentimento? Uma palavra? Quem é que se conhece? Diga-me. Ensina-me! Talvez Deus nos conheça, e por isto seja tão benevolente.
Sinto a necessidade de lavar as mãos. Elas estão maculadas de sangue. As lavo. Mas não as lavo numa atitude “pilatiana”, como quem se exime da culpa. As lavo repudiando-me, como quem deseja apagar uma mancha indesejada. Este sangue é do meu próprio coração, ferido de morte em minha guerra. Este sangue é de também de um coração interiorano, bárbaro, direito, que minha inconseqüência acabou por ferir.
Perdoem-me corações, por seu eu tão afoito, tão incontido, tão juvenil, tão nocivo. Mas creio...há de passar. Como tudo que vai...que passa; e “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. Quanto a mim, como no caso de picadura de serpente, meu próprio veneno me há de curar.
Se não me (re) conheço, ao menos me (re) encontro; sendo apenas eu.
Este sou eu. Apaixonado, inconsequente, aberto, imprudente. No entanto, suplico, não me tenha por contencioso. Não permita que minha queda faça esquecer minha postura; que meu gaguejar suplante minhas palavras; que o brilho dos meus olhos sejam ofuscados no momento em que pestanejo. Mas pese minha queda e minha postura; meu gaguejar e meus poemas; meu cochilo e meu olhar. O resultado será apenas eu, imperfeito em mim mesmo.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Amor maior
Que me faz enxergar toda minha pequenez e minha mediocridade.
Esse amor me invade, e me sinto indigno de senti-lo, de gozá-lo.
Todas as minhas falhas ficam latentes diante da minha face,
Não há como se esconder. Não há como negar.
Miserável homem que sou!
Mas este amor infindável,
Também me faz perceber
O valor imensurável que tenho;
Por mais absurdo que isto possa parecer.
Há algo em mim de especial?!
Pois ainda que imerecido,
Gozo deste amor!
Isto me traz um ânimo renovador.
Uma vontade que me invade
E me faz querer mudar
Melhorar.
Viver este amor.
O relógio me diz que o tempo passa.
Que não há tempo para indecisão.
Já se ouve o anúncio de que o navio vai partir;
Nele o meu amor,
E eu não posso ficar assim.
Fui prometido a este amor
Ainda antes de ser gerado.
Ainda antes que me formasse,
Por Ele fui comprado.
Sim!
Eu quero este amor.
Sim!
Eu aceito, sim Senhor!
Leve-me amor
Às águas tranqüilas,
Que refrigeram até a alma.
E não permitas, jamais
Que eu fuja.
Nada más que en tí
Y te extraño
Creo enloquecer
No te he vuelto a ver
Me hace daño
(Mi impaciencia crece al no verte
Y el quererte esta acabando conmigo)
Coro:
Ganas de tí
Que estuvieras aquí
A mi lado
Ganas de tí
Que estuvieras aquí
En mis brazos
Ganas de tí
De tenerte
Ganas de tí
No perderte
Cuando tú no estas
Nada es igual
Todo cambia
Sin tener tu amor
Todo es un horror
Me haces falta
* Chris Durán
Não houver mais saída
Não houver solução
Quando nos momentos de dor
Te faltar o amor
Te faltar um irmão
É só chamar por ele
Então verás tudo mudar
É só chamar por ele
E nova vida tu terás
Por que de todos é Senhor
Dono do amor
Príncipe da paz
Por que de todos é Senhor
Dono do amor
Príncipe da paz
Quando tudo se torna tão triste
Quando a paz não existe
E tudo é solidão
Quando o fim parece chegar
As lágrimas a rolar
Até cair pelo chão
É só chamar por ele
Então verás tudo mudar
É só chamar por ele
E nova vida então terás
Por que de todos é Senhor
Dono do amor
Príncipe da paz
Por que de todos é Senhor
Dono do amor
Príncipe da paz
É só chamar por ele
Então verás tudo mudar
É só chamar por ele
E nova vida tu terás
Por que de todos é Senhor
Dono do amor
Príncipe da paz
Por que de todos é Senhor
Dono do amor
Príncipe da paz
*Wagner Roberto
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Nostalgia...
Ontem, quando saí para almoçar, dei uma passada na casa da minha mãe. Tinha que pegar o cabo USB da minha câmera pra passar as fotos do niver do meu afilhado pro pc. Mamãe não estava; apenas minha irmã.
Procurando o cabo, Pamela abriu uma gaveta que estava cheia de fotos antigas. Revemos todas. Recordando, rindo, "saudadeando". Nossa! Como eu já fui magro! Como a Pamela era gordinha! Como minha filha se parece com ela!
Amigos do colégio que nunca mais revi; paixões sem fim; momentos felizes, e outros de aparente felicidade. Tinha até eu de sunga, fazendo pose de modelo no Mirante da Brava. Tempo em que eu corria pelas trilhas da minha bela cidade, só para manter o físico.rs
Ixi! Bateu um momento nostalgia.
-Nostalgia?? Isso num é aquela parada q dá vontade de vomitar?
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Acho que minha irmã fez uma "conjunção" náuseas + azia. É...o tempo passa...minha irmã está se dizendo apaixonada; e ela só tem 14 anos!
14?? Kramba! O tempo voa!!
Me lembro que já aos 11 anos eu sofria de "amores". É...mas ela é apenas uma menina. Quer dizer, não é apenas uma menina. É a minha irmãzinha!! Mando ela esquecer. Digo que vai passar. Além do mais, o cara é feio pra burro!
Q raiva desses caras que ficam iludindo as menininhas!
Ih, mas eu já fui um deles. Ops...mas eu não as iludia. Eu as amava. Eu achava.
E quem disse que ele não acha q a ama? Sei lá...mas ela não é pro "bico" dele. E pensar que daqui a alguns anos será a vez da Evellyn. Eu morro!!
Bom...vou embora. Minha mãe chegou, o assunto findou.rs
As beijo e digo que as amo. Retorno para minha confortável cadeira que quase me faz deitar. Mesa cheia: processos, memorandos, biscoito, calendário...BÁ tchê! Quanta coisa!
Ufa...ainda bem que faltam apenas longos vinte e seis dias para eu entrar de FÉRIASS. Enquanto isso, tenho o prazer de desfrutar da agradável companhia das boas BÁRBARIDADES que penso.
Eu quero ir para lá... lá onde vc se encontra... quero um primeiro e um último olhar... já que nada nunca aconteceu... e ao mesmo tempo um turbilhão nos invade a alma...
Não. Não é necessário que eu te diga o que se passa... ambos sabemos... ambos sentimos... ambos escondemos... pq é um segredo nosso... que temos medo de confessar a nossa própria consciência...
E tudo pq??? Tudo pq não nos é permitido... mas quem é que permite o sentir??? Quem é que permite os desejos??? Quem é que brinca assim com nossas vidas??? Quem é, por favor... diga-me , meu Deus!!!!
Teu nome que só eu sei... esses nossos segredos mentirosos... disfarçados entre meias palavras... eles não querem enganar... eles jorram uma verdade que não pode ser dita inteira.... mas que nossos olhos, meu querido... nossos olhos denunciam... quero fecha-los... quero fechá-los para não mais ver o que se passa nesse mundo absurdo... mas quero que isso se dê do lado de dentro... pra onde enxergo minha alma e esse desejo insano...
Deixo-me levar... quero que me levem... quero ver onde vou parar... espero que entre teus braços, sentindo o gosto da tua saliva... mordendo tua boca... escorregando por seu corpo... te conhecendo milimetricamente... te vendo mais que fisicamente... te tendo da forma mais amarga... mais doce... te tendo da forma mais crua possível... pq é assim que me possui... msm que não saiba.... é assim que me possui... msm que não saiba eu sou tua...
Depois de vc... durante vc... pq vc não se foi... e um antes nunca existiu... o momento é único e o momento é nosso.... a vida segue seu rumo... mas sinta... sinta que nossos caminhos se entrelaçam... se embaraçam... se deleitam de forma antecipada a tudo o que descobriremos por vir...
Tvz a ingenuidade tenha se perdido nas curvas que percorremos... mas a inocência do coração continua sendo a mesma, como a querência do meu corpo pelo calor do teu...
Podemos calar... agora... quem souber que me diga... por quanto tempo os olhos guardam um segredo do coração???
terça-feira, 3 de junho de 2008
o coração do homem é terra do Senhor
Ele bem conhece, como agricultor
Prepara bem a terra para semear
E sabe a hora certa de ceifar
O homem acredita no que pode ver
Naquilo que possa lhe satisfazer
Mas não é assim que vê o meu Senhor
Só Ele conhece o interior
Só Deus conhece o meu coração.
(Silvinho Figueiredo)
Lá vai:
O relógio alvinegro anuncia "glorioso" a chegada das vinte e três horas. Um silêncio de paz tremenda invade o ambiente, e é quebrado apenas por um belo cântico entoado pelo rádio que ainda está ligado, e diz:
- "Filho de David tem misercórdia!
E parece que a minh'alma também clama assim.
Chegam algumas pessoas. Estou na lanchonete. A pax é quebrada. No meio deles ainda estou só. Só com as minhas dores, com as minhas angústias, com as minhas inquietações, com as minhas antíteses.
Sigo escrevendo, ignorando o meu redor. Há uma impaciência, um descontrole incontrolável, tudo aqui dentro, dentro de mim. Parece que a vida cisma em colocar diante de mim, todos os dias, todos os meus paradigmas, minhas crenças, minhas certezas.
Parece que ela procura me convencer de que nem mesmo eu sou capaz de praticar aquilo que teorizo.
-"Ele sabe o que passa no seu coração..." diz a música.
Eu sei que Ele sabe.
Meus pés não obedecem minha razão.
(não concluído. Não sei pq).
Menina-Mulher-Menina
A noite se anuncia
E a menina-mulher
Agora vai se arrumar
Soltar os cabelos
Elevar-se em seu salto
Delinear seu olhar
E seus lábios colorir
Seus olhos a brilharem
Me dizem assim:
É possível sonhar
A noite promete
Os astros conspiram
A lua e o mar
No calçadão dos desejos
Seu andar desconserta
Provoca festejo
Faz delirar
O mundo envolta congela
Olhando pra ela
Em seu rebolar
De menina-fatal
Mas em seu peito
Bate sem igual
Um coração a gritar
É mulher-menina
Que ainda se nina
Se põe pra sonhar
Se vela. Se guarda
Com doce encanto
Esta menina me farta
De desejo de amar
segunda-feira, 2 de junho de 2008
I' M HAPPY!!!
Estou feliz.
Tenho sido surpreendido pelos desígnios de Deus. E isso é bom
Estava oscilando entre o pessimismo e a crise, sem conseguir destinguir qual o pior estado. Mas quando menos esperamos Ele se revela e nos mostra que Ele É.
Quando Ele enviou Moisés ao Egito a fim de resgatar os israelitas, Moisés o indagou: "Se me perguntarem quem me enviou, o que devo dizer?"
E Ele respondeu: "Diga que o EU SOU me enviou a vós.
Sim! Ele é.
Vejo nesta reposta que Deus estava querendo dizer a Moisés e ao povo de Israel que Ele era aquilo que eles estavam ou que viessem a necessitar.
Libertação? EU SOU!
Passagem no Mar Vermelho? EU SOU!
Nuvem no deserto? EU SOU!
Coluna de fogo? EU SOU!
Maná? EU SOU!
Ele é aquEle que age onde precisamos. Que conhece nossas limitações, nossas falhas, nossos segredos, nossa mesquinhez, nossa pequenez. Mas também conhece nossa sinceridade, nossa honestidade, nossa vontade e esforço em melhorar a cada dia, nosso coração, nossa alma, nosso âmago.
Obrigado Senhor!
"Obrigado pelo amanhecer
Pela lua pratiada no céu
Pelo mar as vezes verde ou azul
Me fizestes entender
Oh! Jesus
Não sabia que era tão grande assim
Tua aurora poderosa em mim
Ver meu rosto refletir tua luz
Fez feliz meu coração.Oh! Jesus
Perdia tanto tempo reclamando
De tudo o que ocorria em meu viver
Com medo do que o amanhã traria
Eu dormiria noite e dia
Só pra não mais acordar
Mais algo estava errado totalmente
Tinha que mudar o meu viver
Olhei ao meu redor mas a verdade
É que era bela a realidade
Meus motivos existiam
E todos eram Jesus"
Banda Azul "Oh! Jesus"
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