Apenas Eu

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Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brazil
Errante viajeiro pelo universo das palavras. Palavras que, geralmente, desejam expressar mais que aquilo que realmente conseguem dizer. Palavras resultantes de uma ebulição de sentimentos humanos; os quais pululam agora mesmo dentro de mim. Já fui inocente, já fui culpado, hoje sou remido. Já fui coração, já fui razão, hoje sou sensato. Já apanhei, já bati, hoje prefiro não brigar. Já tive pena dos outros. Já tive pena de mim. Hoje prefiro mudar, ajudar, levantar. Já acreditei em papai-noel. Já acreditei em políticos. Hoje acredito em Deus, o que me permite sonhar ainda mais alto. Se pudesse sozinho mudar o mundo, O faria agora, começando pelo meu.

terça-feira, 31 de março de 2009

Dia Cinzento

O dia se apresenta nublado lá fora, e aqui dentro tudo parece refletir o tom acizentado que faz anular o esplendor do sol. Há um sentimento que não sei qual é, mas que angustia e que rouba deste dia toda sua magia, toda a possibilidade de alegria.
Recorro, então, ao meu desabafo. Ao papel e a caneta que rascunhamminha previsão, como um grito solto em um lugar aberto. Com suas várias direções. Com seus muitos ecos.
Encontro-me extremamente insatisfeito com tudo o que sou. Com tudo o que me tenho tornado. Sinto saudades de um "eu" de antigamente; ou quem sabe, de um "eu" que jamais existiu, a não ser em minhas aspirações de inoscência. Necessito retornar ao início de tudo. Alguém, por favor, crie a máquina do tempo!!!!!
Preciso sentir novamente a intensidade do primeiro amor. Ter revigoradas as minhas forças para mais um percurso nesta longa jornada. Preciso honrar e valorizar os bens; quais sejam: o meu Deus, a minha esposa, a minha filha...a minha família.
Como quem está nú, sinto a necessidade de vestir-me de um novo caráter, uma nova personalidade; um novo "eu" que seja menos embebido de mim mesmo, mas que tenha sua essência advinda do Lírio dos Vales.
É tempo de dissipar as cinzas nuvens para que seja possível contemplar e gozar do brilho da Estrela da Manhã. É tempo de nascer de novo; de morrer outra vez e despertar para o novo tempo, com o DNA da Água e do Espírito, enquanto ainda é possível.
Buscar, enquanto ainda se pode achar. Bater, enquanto ainda há quem me abra. Chamar, enquanto há quem me atenda. No entanto, o bem que eu quero não faço. E o mal que não quero está sempre diante de mim. Mas renovo minhas forças e sigo com este espinho na carne, confiando na Graça daquEle que me basta.

quinta-feira, 12 de março de 2009

É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão


Eu vi o menino parado
Há muito tempo
Sentado ao pé do início daquele caminho

Eu pus os meus olhos nos seus pés inchados
Mas jamais os notei
O sol ainda castiga na estrada onde nuca foi rei

Eu vi a mulher indignada com outra pessoa
E nada mudou desde que me deparei com aquela briga
A vida e seu contraste coma morte

A lição mais dura que a vida ensinou
O sol ainda nçao brilha na estrada, mas não a deixou
E esta fraqueza me leva a chorar

Esta fraqueza é minha
Por isso é que penso, as vezes, em parar
Por isso essa dor tamanha

Já tenho cabelos brancos, mas não sou artista
O tempo não existe, no entanto sempre permanece
Aqueles que correm do jogo
Tem medo do fogo da desilução
É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão.