Apenas Eu

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Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brazil
Errante viajeiro pelo universo das palavras. Palavras que, geralmente, desejam expressar mais que aquilo que realmente conseguem dizer. Palavras resultantes de uma ebulição de sentimentos humanos; os quais pululam agora mesmo dentro de mim. Já fui inocente, já fui culpado, hoje sou remido. Já fui coração, já fui razão, hoje sou sensato. Já apanhei, já bati, hoje prefiro não brigar. Já tive pena dos outros. Já tive pena de mim. Hoje prefiro mudar, ajudar, levantar. Já acreditei em papai-noel. Já acreditei em políticos. Hoje acredito em Deus, o que me permite sonhar ainda mais alto. Se pudesse sozinho mudar o mundo, O faria agora, começando pelo meu.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vivo por ela

Existe uma pessoa no mundo a qual eu jamais poderei permitir que os estilhaços do espelho quebrado provoque algum ferimento, pois a sua lágrima seria a minha desgraça e a sua dor seria a minha morte. Eu ainda conseguiria passar um bom tempo sem ar, sem água, sem alimento, mas não sobreviveria um minuto sem a sua admiração, carinho e respeito.

É mesmo terrível essa coisa de colocarmos a nossa vida em dependência da de outro alguém, mas o que fazer se ela é minha própria vida? O que fazer se todos os meus sentidos só fazem sentido por ela? Que todos os outros também importantes me perdoem, mas isso é amor desmedido, infinitamente mais forte que eu.

Meu sonho de felicidade é a felicidade dela. É por ela que meus olhos se abrem e minha vida se move.

Sua fragilidade me torna a pessoa mais forte e a mais fraca, ao mesmo tempo. Corto a minha carne para que ela não sofra arranhão. É impulso, é instinto, é o que sinto de maneira tão forte em mim que não sei explicar. É minha princesa, é minha razão, é minha filha.

“Vivo por ela

Ninguém duvida

Porque ela é tudo

Na minha vida”



Para Evellyn Albernaes Sodré.

Quando ela...

Quando ela acreditar que o encanto acabou,

Que o canto cessou,

Que a orquídea murchou...



Quando pensar que não há mais poesia,

Que não se terá alegria,

Que rompeu-se a sintonia...



Quando ela achar que não tem mais graça,

Que aonde havia fogo, agora só há fumaça,

Que o futuro será uma desgraça...



Quando duvidar da verdade dos sentimentos,

Quando não der ouvidos aos meus argumentos,

Que refletem a pureza dos meus intentos...



Há de tocar aquela música,

E fazer reviver a branca flor

Inspiradora de tantos poemas,

Razão da felicidade minha.



Há de perceber que aonde há fumaça,

A fagulha ainda pode provocar incêndio,

Reacendendo a louca paixão,

Acalentando o insensato coração.

O Dia Dele

Há dias em que ele sente, não uma vontade, pura e simplesmente, mas uma necessidade absurda de gritar. No entanto, como outras coisas e casos que teimam em não dar certo somente pelo simples prazer, quase que sexual, em vê-lo ali, com cara de desapontado, o som se recusa a sair; o que faz com que ele fique sem expressão, sem ação ou reação à qualquer abono de fracasso que o dia possa lhe reservar.

E é assim, mudamente, que algumas lágrimas ousam a brotar de seus olhos. Talvez como alento à ele mesmo; talvez para mostrar aos outros que ele também tem sentimentos.

Mas, apesar da aparente apatia, seu coração ainda palpita no compasso da esperança, apegando-se na fraca hipótese de que se o dia não foi dos melhores, talvez a noite lhe faça um agrado e não se transforme em uma das piores.

quinta-feira, 3 de março de 2011

"...É ela menina que vem e que passa..."

Seu olhar é daqueles que paralisam o alvo e o fazem perder o norte, e, mesmo sendo desgraçado, é achado agraciado por ter tamanha sorte de ser avistado pelos olhos dela. Anda como quem desfila, espalhando o cheiro de perfumosas rosas, retiradas, agora mesmo, do roseiral plantado logo ali. O vento movimenta seus cabelos, produzindo um efeito de onda inebriante que ao desavisado pega de surpresa, o deixando ali, extasiado, embriagado de tamanha sensualidade.

Ela sabe que a rua e a calçada param para reverenciar cada passo seu; que o seu passar torna o trânsito ainda mais lento, pois, seja qual for a direção dos carros, os olhares se encaminham à apenas uma direção. O mundo apressado é projetado em câmera lenta, apenas para retardar a sua despedida, a sua virada, a sua sumida na esquina ali da frente.