Apenas Eu

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Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brazil
Errante viajeiro pelo universo das palavras. Palavras que, geralmente, desejam expressar mais que aquilo que realmente conseguem dizer. Palavras resultantes de uma ebulição de sentimentos humanos; os quais pululam agora mesmo dentro de mim. Já fui inocente, já fui culpado, hoje sou remido. Já fui coração, já fui razão, hoje sou sensato. Já apanhei, já bati, hoje prefiro não brigar. Já tive pena dos outros. Já tive pena de mim. Hoje prefiro mudar, ajudar, levantar. Já acreditei em papai-noel. Já acreditei em políticos. Hoje acredito em Deus, o que me permite sonhar ainda mais alto. Se pudesse sozinho mudar o mundo, O faria agora, começando pelo meu.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vivo por ela

Existe uma pessoa no mundo a qual eu jamais poderei permitir que os estilhaços do espelho quebrado provoque algum ferimento, pois a sua lágrima seria a minha desgraça e a sua dor seria a minha morte. Eu ainda conseguiria passar um bom tempo sem ar, sem água, sem alimento, mas não sobreviveria um minuto sem a sua admiração, carinho e respeito.

É mesmo terrível essa coisa de colocarmos a nossa vida em dependência da de outro alguém, mas o que fazer se ela é minha própria vida? O que fazer se todos os meus sentidos só fazem sentido por ela? Que todos os outros também importantes me perdoem, mas isso é amor desmedido, infinitamente mais forte que eu.

Meu sonho de felicidade é a felicidade dela. É por ela que meus olhos se abrem e minha vida se move.

Sua fragilidade me torna a pessoa mais forte e a mais fraca, ao mesmo tempo. Corto a minha carne para que ela não sofra arranhão. É impulso, é instinto, é o que sinto de maneira tão forte em mim que não sei explicar. É minha princesa, é minha razão, é minha filha.

“Vivo por ela

Ninguém duvida

Porque ela é tudo

Na minha vida”



Para Evellyn Albernaes Sodré.

Quando ela...

Quando ela acreditar que o encanto acabou,

Que o canto cessou,

Que a orquídea murchou...



Quando pensar que não há mais poesia,

Que não se terá alegria,

Que rompeu-se a sintonia...



Quando ela achar que não tem mais graça,

Que aonde havia fogo, agora só há fumaça,

Que o futuro será uma desgraça...



Quando duvidar da verdade dos sentimentos,

Quando não der ouvidos aos meus argumentos,

Que refletem a pureza dos meus intentos...



Há de tocar aquela música,

E fazer reviver a branca flor

Inspiradora de tantos poemas,

Razão da felicidade minha.



Há de perceber que aonde há fumaça,

A fagulha ainda pode provocar incêndio,

Reacendendo a louca paixão,

Acalentando o insensato coração.

O Dia Dele

Há dias em que ele sente, não uma vontade, pura e simplesmente, mas uma necessidade absurda de gritar. No entanto, como outras coisas e casos que teimam em não dar certo somente pelo simples prazer, quase que sexual, em vê-lo ali, com cara de desapontado, o som se recusa a sair; o que faz com que ele fique sem expressão, sem ação ou reação à qualquer abono de fracasso que o dia possa lhe reservar.

E é assim, mudamente, que algumas lágrimas ousam a brotar de seus olhos. Talvez como alento à ele mesmo; talvez para mostrar aos outros que ele também tem sentimentos.

Mas, apesar da aparente apatia, seu coração ainda palpita no compasso da esperança, apegando-se na fraca hipótese de que se o dia não foi dos melhores, talvez a noite lhe faça um agrado e não se transforme em uma das piores.

quinta-feira, 3 de março de 2011

"...É ela menina que vem e que passa..."

Seu olhar é daqueles que paralisam o alvo e o fazem perder o norte, e, mesmo sendo desgraçado, é achado agraciado por ter tamanha sorte de ser avistado pelos olhos dela. Anda como quem desfila, espalhando o cheiro de perfumosas rosas, retiradas, agora mesmo, do roseiral plantado logo ali. O vento movimenta seus cabelos, produzindo um efeito de onda inebriante que ao desavisado pega de surpresa, o deixando ali, extasiado, embriagado de tamanha sensualidade.

Ela sabe que a rua e a calçada param para reverenciar cada passo seu; que o seu passar torna o trânsito ainda mais lento, pois, seja qual for a direção dos carros, os olhares se encaminham à apenas uma direção. O mundo apressado é projetado em câmera lenta, apenas para retardar a sua despedida, a sua virada, a sua sumida na esquina ali da frente.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ano Novo


Mais um ano vai se despedindo, na medida em que outro vem se anunciando.
Ano novo, velhos ritos, novos votos, velhas metas... ainda assim, me permito sonhar, almejar, desejar e, acima de tudo isso, acreditar na real possibilidade de que tudo se cumpra.
Não pulo ondas, não faço simpatias, não faço oferendas ou jogo flores ao mar. No primeiro instante, inclino minha cabeça e me curvo diante daquEle que me fez atravessar o ano que se finda e que me concede a graça de alcançar este que se inicia; no segundo momento, me ergo e levanto minha cabeça em direção aos céus, onde posso observar mais que o show pirotécnico, vejo a grandeza e o esplendor da criação.
Faço propósitos, alianças, e me comprometo, comigo mesmo, em ser um pouco melhor, em errar menos, em aprender mais.
Neste novo ano, quero sorrir mais, chorar e fazer chorar menos, abraçar mais, amar e dizer mais vezes "eu te amo", cicatrizar as feridas abertas, aliviar o peso do coração e desafogar a alma.
As roupas velhas que se encontram em bom estado de conservação ainda me servirão, entretanto, dividirão seu espaço com novas compradas e ganhadas; as rasgadas, manchadas e furadas, infelizmente, terei que me desapegar delas.
Em 2010 não tive o desprazer de me despedir definitivamente de ninguém, e espero que em 2011 isso se repita. Ao contrário, estou inteiramente receptivo à novas amizades e conquistas.
Quero ser esquecido pela morte, pelas más notícias, pelas desilusões, pelas frustrações, pelo fracasso, pela inveja e seus portadores, pela traição e seus feitores, pela fofoca e sues propagadores; quero ser lembrado pela vida, pelas boas novas, pelas alegrias, pelas boas surpresas, pelo sucesso, pela admiração, pela fidelidade, cumplicidade, lealdade, pela FELICIDADE!
Vamos juntos em 2011!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Na vida do crime as ruas são as escolas e as faculdades ficam nas cadeias!!"

By: Geovane Cândido

sábado, 7 de agosto de 2010

Amor incondicional

É este amor que faz com que eu me sinta tão pequeno e, ao mesmo tempo, tão grande. Amor que transcende ao racional, ao emocional, ao natural...talvez seja ele sobrenatural. Sim! E por que não?!!

Este sentimento tão colossal que rompe a pequenez do meu coração e se faz sentir em cada poro, em cada partícula do meu organismo. Que faz com que eu sorria sem motivos aparentes, e que eu chore apenas com a emoção de vê-la dormir, enquanto acaricio seus cabelos.

Um amor incondicional, que faz com que eu persiga vorazmente, a cada dia, a condição de ser melhor, em comparação com o “eu” que fui no dia anterior. É por este amor que me preocupo em não errar, em não fracassar, em não decepcionar...

É este sentimento que me transforma em quem sou, pois ele é o motivador do meu próprio viver, uma vez que sem ele eu jamais seria completo...seria apenas um pedaço de mim.

Com este amor tenho a incontrolável vontade de dar o que jamais senti, de ser quem jamais tive, de estar com ela em lugares e momentos em que jamais estiveram comigo.

Quero sempre ter a oportunidade de tê-la em meu colo, pois mesmo no dia em que ele se tornar pequeno para recebê-la confortavelmente, ainda terá o mesmo aconchego, o mesmo afago, e ainda me dará uma imensa vontade de compor musiquinhas bobas, só pra dizer o quanto eu a amo.

Se me deito, oro pela tranqüilidade do teu sono; se me levanto, caminho impulsionado pela alegria de vê-la viver e crescer.

Talvez um dia eu tenha desejado ser o Super-homem, para salvar mocinhas; o Capitão Planeta, para salvar a natureza, ou o Robin Hood para ajudar aos pobres. Hoje, o meu maior desejo encontra-se resumido, mas não compactado, no esforço para ser um Super Pai!



Te amo INCONDICIONALMENTE filha!

quinta-feira, 13 de maio de 2010


Desculpe


Estou um pouco atrasado

Mas espero que ainda dê tempo

De dizer que andei

Errado e eu entendo



As suas queixas tão justificáveis

E a falta que eu fiz nessa semana

Coisas que pareceriam óbvias

Até pra uma criança



Por onde andei?

Enquanto você me procurava

E o que eu te dei?

Foi muito pouco ou quase nada

E o que eu deixei?

Algumas roupas penduradas

Será que eu sei?

Que você é mesmo

Tudo aquilo que me faltava...



Amor eu sinto a sua falta

E a falta

É a morte da esperança

Como um dia

Que roubaram o seu carro

Deixou uma lembrança



Que a vida é mesmo

Coisa muito frágil

Uma bobagem

Uma irrelevância

Diante da eternidade

Do amor de quem se ama



Por onde andei?

Enquanto você me procurava

E o que eu te dei?

Foi muito pouco ou quase nada

E o que eu deixei?

Algumas roupas penduradas

Será que eu sei?

Que você é mesmo

Tudo aquilo que me faltava..

*Nando Reis

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Você sabe


Não me pergunte se vou ficar ou partir
Se vou sorrir ou chorar

Se vou lembrar ou esquecer



Não me faça pedidos

Não me faça perguntas

Nao me faça promessas



Não tente saber

Se vou viver ou morrer

Se vou amar ou odiar



Não me dê conselhos

Não me dê sorrisos

Não me dê esperanças



Não me diga se foi bom ou ruim

O que há de fazer

Ou como será



Não diga pra sempre

Não diga jamais

Nunca me diga



Não me conte seus dias

Tristeza ou alegria

Companhia ou solidão



Não me peça sensatez

Não me peça força

Não me pregue esta peça



Não se vá por inteira

Corpo e coração

Longe de mim



Apenas me olhe

Apenas me veja

Apenas me decifre



Entenda meu olhar

Compreenda meus gestos

Reconheça meu cheiro



Apenas me tenha

Apenas me guarde

Apenas me leve



Sinta as sutilezas

Os sinais que surgirão

A memória é protegida



Não faça

Não dê

Não diga

Não peça



Você já sabe

Eu sei que sim

Todos sabem também

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Palavras...


Palavras...


Amigas daqueles as sabem usar

Traiçoeiras para aqueles que não as sabe conter

Insuficientes quando nos falta o que falar

Quando não alcançam a grandeza do que se quer dizer



Palavras...

Duras quando se quer magoar

Horríveis quando se quer ofender

Doces em pretexto de amar

Incontáveis para expressar um querer



Palavras avulsas

Palavras perdidas

Palavras excusas

Palavras não ditas



Palavras...

Que explodem quando precisamos de paz

Que se emudessem quando é preciso declarar

Poucas, quando necessitamos de mais

Paleativas quando se quer confortar



Palavras que ajudam

Palavras que atrapalham

Palavras que mudam

Palavras que falham



Procuro novas palavras

Novos significados

sexta-feira, 16 de outubro de 2009


Ah... que olhar
Seu olhar
Embriaga
Faz sonhar

Há que olhar
O seu olhar
Para saber
Experimentar

Tanto olhar
Entre o mar
Levou-me
A acreditar

No olhar
No sonhar
No amor
A bailar

Nosso olhar
Vai faltar
Meus olhos
Vão te procurar

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A máquina dos meus sonhos


Vou inventar uma máquina que seja capaz de me contar o seu dia


Que me permita ver se nele houve tristeza ou alegria

Os caminhos por onde andou

E quais foram as suas companhias



Que ela me transmita seus pensamentos

A agonia ou felicidade de cada momento

Quando lembra-se de mim

Se há dor ou contentamento



Se acaso desejou ter-me contigo

Ou bastou a presença do amigo

Entregando seus olhos à ele

Enquanto eu sofro contido



Preciso saber por que não ligou

Se não pode ou não se importou

Ou ao menos por que não me atendeu

Quando liguei e seu telefone tocou



Vou inventar uma máquina assim

Que traga você para mim

E me permita te amar sem temor

Dois amantes livres enfim



Uma máquina que nos leve além

Um paraíso onde não haja ninguém

Apenas nós e a felicidade

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ao som do vento e do mar




Oxalá ter você agora


Nesta noite de luar embriagante dançar à beira-mar

Ao som que salta deste vento inebriante

Que o Universo se prpôs a preparar



Há estrelas no céu

Há ondas no mar...e no ar paira uma magia sem igual

Emoldurar este momento desejaria

Para ter nele fixa a minha alegria



Entre o cais e o nada

Entre a areia e a água

Só nós dois



Mãos unidas e entrelaçadas

Peitos aconchegados com corações a palpitar

Quatro pés que desenham na areia

Os passos da nossa loucura em amar



Palavras doces cantaroladas ao pé do ouvido

Carícias de quem não conhece o amanhã

Segunda, terça, quarta, quinta...sexta poderia não chegar!

E não chegou para nós...



Ilusão de infante apaixonado

Que sonhou com o amor encantado

E acordou só...sujo de areia e com gosto de sal...


Mas que deseja ainda voltar
Àquela areia
Loucurar à beira-mar

terça-feira, 4 de agosto de 2009


Não acredito em amores impossíveis. Amor é sinônimo de possibilidades. O mundo se abre, se mostra, se revela...e cabe à quem ama arriscar.
Amor não se põe em balança. Se sente e se vive...amor é ousadia, é destemor...é entrega. O amor não respeita padrões, estigmas, dogmas, posições, idade...ele se impõe e não há como se furtar.
Sentimento que deixa a língua mole, a perna bamba, a cara boba...amar é falar manso...baixinho...um pote de palavras doces cobertas de mel.
Amar é ser pego de supresa. É nunca estar preparado para a próxima maravilha do outro e se surpreender com sua capacidade de nos fazer felizes; é jamais ollhar a quem se ama com um olhar acostumado; é abusar das multiplas formas de se fazer carinho.
Mas o amor tem que ser completo e só o é quando transita em mão-dupla. Não acredito na capacidade de amar sozinho. Não para sempre...amar exige ser amado, tocado, desejado...um amando é metade. Dois amando é felicidade.Se o medo de arriscar se impõe ao amor...realmente é porque não vale a penas correr o risco. O amor não está em você.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Enganoso Coração











Sonhei com amor proibido
Delirei em fantasias vãs
Não contive minha libido
Naveguei em perdido...
Devaneio...

Expectativas de infante
De travesso curumim
Por caminhos errantes
Em pedras cortantes
Desatino...

Doces lábios de candura
Silvestres e encarnados
Gracejada de ternura
Nela minha fissura
Desvario...

Alienado em sentimentos
Escusas esfarrapadas
Inventivos argumentos
Escassos instrumentos
Asneira...

Trapaceiro coração
Ilusório e catastrófico
Suscetível à emoção
Saqueou minha razão
Disparate!

Lamúria do devasso
Condenado culpado
Adeus ao abraço
Desfez-se o laço
Burrada...

Abraçam-me inteiro
Correntes de senilidade
Amor de forasteiro
Desgraça que nomeio
Equívoco.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Precisamos alongar nossos dias!

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C. Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o dobro do tempo. Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão). Cada dia uma Aspirina, previne infarto. Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso. Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem. O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber. Todos os dias deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um pulôver. Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente. E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...E não esqueça de escovar os dentes depois de comer. Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax. Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.Sobram três, desde que você não pegue trânsito. As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando. Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Isso leva tempo - e nem estou falando de sexo tântrico.Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. Na minha conta são 29 horas por dia. A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo! Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher... na sua cama.Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio. Agora tenho que ir.É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro. E já que vou, levo um jornal... Tchau!Viva a vida com bom humor!!!

Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, 19 de maio de 2009




O céu desabou em trevas sobre minha cabeça. Não reconheço a paisagem, nem consigo vislumbrar o horizonte. A previsão anuncia chuvas torrenciais e ventos impetuosos e devastadores. Não há por perto uma árvore que eu possa abraçar para tentar resistir. Estou vulnerável a qualquer oscilação. O mar se armou em ondas contra mim...a cidade do meu coração está inundada e assolada. Não há botes...não há uma saída sequer.
Fui pego desarmado, sem cordas, sem rádio, sem uma mão de socorro. Não há como comunicar-me. Não há a quem recorrer. Estou sendo submergido pela lama que tem se formado. Já não tenho forças. Já não tenho ar. Já não tenho vontade.
Os raios do sol há tempos já não se fazem sentir... meus ossos estão quebradiços e minha pele mui sensível. As correntes me tem levado pelas ladeiras. Tenho me chocado em postes e muros, em escombros e restos daquilo que um dia foi construído.
Estou desfigurado, sinto isso...talvez se me encontrasse frente a um espelho não me reconheceria. Não me reconheço olhando para mim mesmo, neste instante. Minha voz trêmula revela meu temor e minha falência...não vislumbro a salvação...não sei o destino dos outros habitantes...
Meu corpo já etá tomado...dou minha última inspiração com o nariz para fora...não há mais tempo...afundo...mas permaneço com as mãos voltadas pra cima...

segunda-feira, 20 de abril de 2009


Quando na minha juventude, conheci uma mulher daquelas que se diz ser pra casar. O fato que faz toda a diferença, no entanto, era que ela já possuía matrimônio. E o fato que faz pesar ainda mais este fato, é que o marido de Joana era o André, meu melhor amigo desde a infância. Tudo, ou quase tudo, fazíamos juntos. De trabalhos escolares às mais terríveis peripécias.
Quando conheceu Joana, André estava em viagem a trabalho, por isso minha ausência neste momento. Lá mesmo André se fez casar, pois devia voltar à nossa cidade e não poderia ter consigo Joana, não fosse por contração de matrimônio. A conheci na festa de debutante da irmã do André. Ela estava ajudando na ornamentação... Joana se confundia com as próprias flores que arrumava nos arranjos. Linda como jamais se viu. Seus cabelos alcançavam as partes de seu rebolar natural. Com olhos amendoados e silhos negros de um rímel que marcava, ainda mais, o seu olhar e uma pele alva, porém rosada pelo sol sempre presente em nossa cidade, Joana encantava a todos.
Minha vontade era, como a da maioria dos homens e meninos presentes, a de raptá-la e fazê-la minha. Mas há, ainda, um outro fato que se faz pesar, eu não estava só. Acompanhava-me Maria, minha recente namorada. Maria era mulher recatada, não se dava a muitas intimidades. Amava-me, ou ao menos dizia amar-me. De boa e brava família, duramente me fazia penar até que o casamento fosse oficializado. Eu em minha voraz fome juvenil, não resistia olhar e buscar quem pudesse aliviar minha tensão.
André apresentou Joana, e com um sorriso de canto boca, daqueles que dizem mais do qualquer palavra poderia expressar naquele momento, Joana deu-me seu rosto a beijar. Não fiz-me de rogado, beijei-a com o respeito que a esposa de um melhor amigo exige. Mas meu olhar a caminho do beijo não pode deixar de estar cheio de desejo e más intenções. Iniciamos uma conversa, indaguei sobre sua vida antes do casamento, como era em sua cidade natal... gentilmente respondido por Joana, aproveitando-me da ausência de meu amigo que fora buscar bebida, elogiei tamanha beleza. Quão surpreso fiquei ao receber de volto o elogio, tendo Joana complementado que eu parecia com um ex-noivo seu, a quem ela muito amara.
Joana tinha uma flor no cabelo. Não sei o nome. Nunca fui bom nesses detalhes e até hoje prefiro não saber. Comentei com Joana que na minha casa, que ficava vizinha a casa do André, havia um jardim cheio daquelas flores que lhe enfeitavam a cabeça e outras também. Disse ela ser apaixonada por flores, e pediu-me que a levasse para conhecer meu jardim. Disse eu que a levaria no momento mais oportuno, uma vez que estávamos numa festa e que André e Maria estavam por ali ao redor. Joana insistiu em que a levasse no instante, de maneira que não pude negar-lhe este desejo.
Saímos como que fugidos, sem satisfação dar a quem quer que seja. Nem sei se notaram. Quando se deparou com meu jardim, Joana pareceu estar enfeitiçada pelo perfume das flores. Sentou-se em meio a elas, e abrindo suas voluptuosas pernas, convidou-me a deliciar-me em seus prazeres. Não tive tempo de fazer-me de rogado; estava ali o que eu desejara desde o momento em que fitei meus olhos em Joana. Sem pesar as conseqüências que poderiam advir daquela insanidade momentânea, preferi dar ouvidos aos hormônios e mergulhar entre ela e o jardim. Com seios tenros e um sabor carnal nunca antes experimentado por mim, Joana me apresentou movimentos até então desconhecidos. Posições que só tive ciência através de revistas. Vi naquele momento não ser grande a minha experiência, e a dela...sem comentários a altura. Joana apresentou-me o novo. Acrescentou sabores a algo que já gostava, e muito. Seus beijos, tão carnais, alcançavam a alma.
Ali ficamos não sei por quanto tempo: eu, ela, a lua e as flores. Desta noite, somente as flores poderiam reclamar alguma coisa, pois ficaram despetaladas. Mas ainda assim, duvido que fariam isso se pudessem, pois até mesmo elas devem ter sentido o prazer que emanava de nossos poros. Ao sairmos dali, Joana parecia jamais ter sido aquela mulher que possui em meu jardim. Novamente recatada e púdica, fazia bem o papel de mulher exemplar. Voltamos à festa. Voltamos a vida.Faz quinze anos desde aquela noite.
Estou há treze, casado com Maria. Nunca mais notei qualquer insinuação por parte de Joana. Nem eu jamais ousei revirar o defunto. Vivemos como se jamais tivesse existido aquela fuga. Seja nossa sorte ou azar, importa saber que as flores e a lua não falam.

terça-feira, 31 de março de 2009

Dia Cinzento

O dia se apresenta nublado lá fora, e aqui dentro tudo parece refletir o tom acizentado que faz anular o esplendor do sol. Há um sentimento que não sei qual é, mas que angustia e que rouba deste dia toda sua magia, toda a possibilidade de alegria.
Recorro, então, ao meu desabafo. Ao papel e a caneta que rascunhamminha previsão, como um grito solto em um lugar aberto. Com suas várias direções. Com seus muitos ecos.
Encontro-me extremamente insatisfeito com tudo o que sou. Com tudo o que me tenho tornado. Sinto saudades de um "eu" de antigamente; ou quem sabe, de um "eu" que jamais existiu, a não ser em minhas aspirações de inoscência. Necessito retornar ao início de tudo. Alguém, por favor, crie a máquina do tempo!!!!!
Preciso sentir novamente a intensidade do primeiro amor. Ter revigoradas as minhas forças para mais um percurso nesta longa jornada. Preciso honrar e valorizar os bens; quais sejam: o meu Deus, a minha esposa, a minha filha...a minha família.
Como quem está nú, sinto a necessidade de vestir-me de um novo caráter, uma nova personalidade; um novo "eu" que seja menos embebido de mim mesmo, mas que tenha sua essência advinda do Lírio dos Vales.
É tempo de dissipar as cinzas nuvens para que seja possível contemplar e gozar do brilho da Estrela da Manhã. É tempo de nascer de novo; de morrer outra vez e despertar para o novo tempo, com o DNA da Água e do Espírito, enquanto ainda é possível.
Buscar, enquanto ainda se pode achar. Bater, enquanto ainda há quem me abra. Chamar, enquanto há quem me atenda. No entanto, o bem que eu quero não faço. E o mal que não quero está sempre diante de mim. Mas renovo minhas forças e sigo com este espinho na carne, confiando na Graça daquEle que me basta.

quinta-feira, 12 de março de 2009

É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão


Eu vi o menino parado
Há muito tempo
Sentado ao pé do início daquele caminho

Eu pus os meus olhos nos seus pés inchados
Mas jamais os notei
O sol ainda castiga na estrada onde nuca foi rei

Eu vi a mulher indignada com outra pessoa
E nada mudou desde que me deparei com aquela briga
A vida e seu contraste coma morte

A lição mais dura que a vida ensinou
O sol ainda nçao brilha na estrada, mas não a deixou
E esta fraqueza me leva a chorar

Esta fraqueza é minha
Por isso é que penso, as vezes, em parar
Por isso essa dor tamanha

Já tenho cabelos brancos, mas não sou artista
O tempo não existe, no entanto sempre permanece
Aqueles que correm do jogo
Tem medo do fogo da desilução
É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

LIBERDADE...

Até quando as ondas deste mar me levarão ao mesmo lugar?
Até quando hei de nadar sem alcançar ilhas e portos mais distantes?
Até quando estarei com os pés encharcados de lama e com o nariz sob às águas?
Até quando me limitará esta âncora, impedindo-me de ser livre?

Até quando avistarei de longe este paraíso sem poder pisá-lo, senti-lo?
Necessito de asas. Asas de liberdade...
Que me levem rumo ao Norte...
A abraçar a sorte...
A gozar a vida...

Não falo de liberdade libertina
Falo das minhas limitações...
Não exteriores,
Mas profundas aqui dentro de mim...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

É impossível; mas DEUS pode.

Há pessoas que acreditam em sorte; algumas até tentam perseguí-la. Outras acreditam em coincidências, no acaso...mas eu não. Eu acredito na PROVIDÊNCIA, na luta, na escolha.

Em alguns momentos de nossas vidas parece que todas as portas se fecham, e nos percebemos sem qualquer saída possível. E mesmo que sejamos otimistas ou até mesmo que tenhamos algum tipo de fé e queiramos acreditar que alguma solução ainda surgirá, as circunstâncias nos dizem o contrário; assim como os acontecimentos minam nossas esperanças...

Temos todos os motivos do mundo para sermos pessimistas em relação a tudo: a terra está superaquecendo, a água potável está se acabando, os pólos estão se derretendo...há uma crise de identidade, há uma crise de idéias, há uma crise de ideologias, há uma crise dos sistemas, das economias, das instituições, das famílias, do que é moral, do que é ético...

Mas eu ainda guardo comigo uma esperança. E sigo fazendo aquilo que é possivel que eu faça, como tirar a pedra, pedir vasilhas emprestadas, tocar nas águas, enfrentar o gigante; pois aquilo que me é impossível, isso eu deixo por conta daquele para quem esta palavra não existe. É Ele quem manda com que Lásaro sáia do túmulo; é Ele quem faz a multiplicação do azeite; é Ele quem abre o Mar Vermelho; é Ele quem nos faz derrotar Golias. É nEle em quem confio minha esperança e quem, a cada dia, aumenta a minha fé. O POSSÍVEL eu faço, com todas as minhas forças e meios aprazíveis. O impossível é coisa pra DEUS.

Muitos não acreditam em sua existência; ou não acreditam da forma em que eu acredito...algum veem a necessidade de que se prove...mas DEUS não se prova. DEUS se experimenta!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Eu ainda quero...

Eu sempre soube que a vida não é eterna, ao menos aqui nesta terra, com este corpo corruptível. Mas, ultimamente tenho sentido como se o tempo estivesse passando rápido demais para mim...
Tenho vinte e cinco...tenho muitos planos...muitas coisas a alcançar...e parece que estou atrasado em relação a alguns desses objetivos...
Ainda quero ter um filho, um menino; pois já tenho minha princesa. Quero um menino para que ele cresça e me ensine a jogar futebol, porque eu nunca consegui.
Ainda quero ser vereador na minha cidade. Quero ser prefeito um dia...
Não posso deixar de conhecer a Itália, a França e a Argentina...sim, eu quero conhecer a Argentina! Ah...também não posso deixar de conhecer o Haiti...não pela guerra, mas por sua singular História...
Quero ter o meu carro; a casa da minha mente, com móveis rústicos e quadros históricos nas paredes.
Ainda quero ter a oportunidade de ajudar alguns pessoas...fazê-las felizes...de prová-las o meu amor...
Eu quero fazer uma loucura de amor...pular de pára-quedas...escalar o Everest...
Quero ter a oportunidade de exercer minha profissão...lecionar História...fazer com que outras pessoas se apaixonem por este campo que me conquistou...
Não posso deixar de escrever um livro. Um não! Dois ou três...um de poesia...dos meus sentimentos...outro de História...e outro de poesia ou História.
Ainda desejo reencontrar pessoas do passado. Saber como elas estão...mostrar que eu nunca as esqueci...
Também quero conquistar alguns amigos neste presente...dar presente...
Quero cumprir a missão...este ponto talvez seja o principal.
O coração do homem faz planos...mas Deus é quem lhe dirige os passos.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Amor de Sonho - Dueto Marcos Sodré e Sissa Guerra

(Sissa Guerra)
Amores, quem já não os teve?E quem já não amou intensamente?Alguns podem ainda não ter amado assim, mas é porque ainda não encontrou a cara metade, que deixasse a marca deste sentimento...
(Marcos Sodré)
Amores, como viver sem ter ao menos um?E como seguir sem a esperança de encontrá-lo?Caminhar apenas com uma parte da face, a procura daquela outra que há de completá-la,E assim, unidos em um, amar o amor desejado.
(Sissa Guerra)
Tão desejado, ao passo que nem mesmo meu silêncio é capaz de cessar esta agonia de encontrá-lo.O meu suspiro se vai ao vento, sem rumo...Músicas suaves escuto, buscando a solidão esquecer,Rezo pedindo que este amor me enlace, com a ternura que se pode ter.
(Marcos Sodré)
E dos céus um sinal há de aparecer.Uma estrela, uma guia, ou mesmo o Supremo-Ser,Então ao apresentar-me o caminho a seguir,Sem titubear, correrei até você.
Assim, hei de reconhecê-la por inteiro,Seu gosto, seu gesto, seu cheiro,Iluminado pelo sorriso dos seus lábios,Laçado, amado, feliz...
E todo o amor antes guardado,Faz-se latente a cada toque de paixão,Urros, gemidos, suor...Tempero da magia, da alegria, do tesão.
(Sissa Guerra)
Mas não será apenas um sonho?
(Marcos Sodré)
Que siga a sonhar com você.
(Sissa Guerra)
Mas “por que” devo perguntar-te.
(Marcos Sodré)
Porque em toda minha vida sonhei em possuir-te.
(Sissa Guerra)
O medo consome...
(Marcos Sodré)
O desejo me queima.
(Sissa Guerra)
Sonhar...sonhar...
(Marcos Sodré)
Amar...amar...
(Sissa Guerra)
Mas você ainda nem me conhece e ainda procuro o amor...
(Marcos Sodré)
Meus sonhos revelam sua face,Meu corpo sente seu ardor.
(Sissa Guerra)
Como desejas-me tanto?
(Marcos SOdré)O sonho nos permite o infinito.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Não adianta desperdiçar sofrimento por quem não merece. É como escrever poesias no papel higiênico e limpar o cú com os sentimentos mais nobres..."

Cazuza*

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma . As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios,fazendo-os navegar;outras vezes podem fazê-los naufragar,mas se não fosse elas,não haveriam viagens nem aventuras nen novas descobertas... "VOLTAIRE"

sexta-feira, 7 de novembro de 2008





AMIGO...

Nem todo mundo tem o dom de fazer amigos...de ser amigo.
Poucos compreendem a real dimensão desta palavra; mas alguns ainda prezam por seu significado.
Muito mais que possuir mil pessoas adicionadas como “amigo” em um site de relacionamentos. Mais que ter uma extensa lista de contatos no MSN, ou desejar “feliz aniversário” porque viu o lembrete do orkut.
Entenda-se por amigo aquele que, mesmo em sua ausência, jamais deixa de ser presente.
Que mesmo sem palavras, nos transmite a mais linda mensagem, no momento oportuno.
Que sem fazer força, consegue aliviar a nossa dor mais profunda...
Que sem a necessidade de explicações, nos entende e nos ajuda...
Que faz de um simples telefonema o momento mais sublime do dia...
Aquele que tem colo...ouvidos...que tem abraço...
A internet me diz que amizade “é uma relação afetiva, a princípio sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o connhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo.”
Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".
Amizade é o que há entre nós...
É o que construimos ao longo de nosso auto e mútuo-conhecimento; e isso faz-se expressar nos momentos em que sorrimos juntos, em que choramos juntos, em que vibramos juntos, em que torcemos um pelo outro. Em que com o coração na mão, aflito, aguardávamos juntos o momento de comemorar mais uma vitória!
Alguém, em um blog, definiu amigo como “pessoa do sexo oposto que tem esse ‘não sei o quê’ que elimina toda intenção de querer deitar-se com ela.”
É mesmo difícil definir algo tão complexo e pessoal, que mesmo aquele que sente se acha incapaz de explicar, mas um escritor chamado Marcelo Batalha foi quem conseguiu se aproximar mais daquilo que tenho por amizade, quando ele diz em seu texto que “Amigo é quem te dá um pedacinho do chão,quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se éo sonho que lhe faz falta. Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer com você já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.
É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir". É ao mesmo tempo espelho que o reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto oseu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.
Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor,náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.
Amigo é aquele que o lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que o ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se estivesse olhando em seus olhos. Amigo é multimídia.
Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.
Amigo é aquele que diz a você: "eu o amo" sem qualquer medo de má interpretação: amigo é quem o ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.”
Resumindo tudo isso, a minha definição de amizade é esta: Eu e Você.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008




































Preciso falar de amor. Do amor que sinto por cada um que faz parte da minha história, minha memória, meus momentos: Meus amigos.








Amigos imperfeitos, mas que, com seus defeitos, suplementam os meus.








Amigos limitados, mas que, com suas limitações, tentam fazer o impossível para me dar ou roubar um belo sorriso, um ânimo, uma vontade de seguir.








De todos os amigos, alguns passam, mas marcam e deixam a saudade e a esperança de um reencontro, num lugar qualquer, onde haja espaço para o nosso abraço.








O tempo passa; o mundo gira, mas a história que, até hoje, tem sido escrita permanecerá com cada um de nós, por toda nossa vida.








O que devo fazer neste momento é agradecer por sua mão na minha. Pelo espaço em teus ombros, pelas palavras de incentivo e coragem; pela bagagem que deicastes comigo, meu amigo.


Dizer que te amo, talvez seja pouco, no entanto, é o que cabe nessas poucas linhas que querem dizer muito mais.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008




Simplesmente amanheceu...
Nasceu tal como as manhãs, um grão de luz se fez clarão, e agente pode então se ver nu e simplesmente transparente.
Assim foi talhado nosso rumo na loucura de quem sente e até consente consciente de que o amor seja a razão, sim, e não simplesmente, tempo, criança brincou... Libertou a ansiedade, menino destino crescia, se entregava e seguia, até que cansou de ser dia, até que acabou-se o canto e quebrou-se encanto.
Escureceu, assim passou... passei e deixei passar simplesmente. Hoje é sonho que não sei sonhar, saudade que está ausente no corre-corre da vida, minha vida simplesmente.




Texto de Zenith Alves de Assis = minha mãe (tenho a quem sair!rs)

Queria saber se todo mundo carrega consigo um baú como o que trago comigo. Baú este onde ficam guardados alguns segredos, medos, inquietudes, angústias...coisas que não confessamos nem mesmo ao melhor amigo, por melhor amigo que ele seja; no máximo confessamos a Deus, uma vez que Ele tudo sabe.
Nem todo sorriso pode ser traduzido como felicidade.
Nem toda lágrima é sinônimo de tristeza.
As pessoas nos olham, mas nem todas nos enxergam. Outras nos amam, mas nem sempre nos conhecem.
Será que alguém conhece mesmo outro alguém? Se lutamos para nos auto-conhecer...
Eu tenho meus segredos.
Tenho momentos em que me enfureço, tenho vontade de xingar, de socar uma parede “xapiscada”...
Não sou o cara certinho que as vezes me pintam. Também não sou tão ruim. Sou apenas HUMANO.
Besteira...há coisas que faz-se necessário que fiquem guardadas no baú.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Contradições de uma sociedade moderna...

Estamos vivendo em uma era em que a velocidade e a superficialidade têm dominado as relações.Discute-se o futuro do planeta, enquanto ainda não consegue-se olhar para quem está do próprio lado.
Fala-se na superação de índices, enquanto vidas seguem perecendo.
Exercita-se o corpo; anula-se a mente.
Trata-se o físico, enquanto a alma é renegada.
Substitui-se os telefonemas por torpedos; cartas por e-mail's. Não há mais tempo para abraços, piqueniques...ninguém se visita; salvo em situações de internação grave.
Luta-se pela conquista de uma bela casa, ao passo que pouca importância se dá a construção de um lar.Luta-se pelo sucesso. Fecha-se os olhos aos marginalizados.
Queremos mudar a sociedade: construimos condomínios fechados. Murados. Eletrificados.
Busca-se dinheiro. Passa-se por cima de valores.
Profissionaliza-se mais. Humaniza-se menos.
Conhece-se mais pessoas. Faz-se menos amigos.
Fica-se muito. Ama-se pouco.
Até mesmo as músicas perderam as letras, transformando-se apenas em sons...
Queremos abraçar o mundo, e esquecemos de beijar nossos pais; nossos filhos.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A maior parte de mim...




A cada manhã em que me levanto e vejo-te nos braços do sono da inocência, meu coração inunda-se de alegria e de gratidão a Deus pela dádiva que és.
Linda! Linda! Linda!
Em você, minha princesa, vejo a realização do meu maior sonho.
Em você está a razão pela qual acordo todas as manhãs. Tu és a maior parte de mim.
Minha maior alegria é retornar ao nosso lar e ser recepcionado pelo teu abraço, teu pulo no meu colo, teu beijo cheio de amor e sinceridade, e admiração.
Cobro-me, a todo o instante, para que eu sempre seja o melhor pra você. Para que jamais, JAMAIS tenha motivos para envergonhar-se de mim ou para não defender-me.
É olhando para você que percebo quanto carinho Deus tem por mim; pois és o melhor presente que eu poderia receber.
Acompanhar teu crescimento, abismar-me com a tua capacidade de lembrar-se de momentos passados, que até eu já esqueci, gargalhar com as tuas palhaçadas e “embabacar-me” com a tua inteligência é algo INDESCRITíVEL!
Brincar de fazer cócegas, ou cantar a “velha fiá”, ou até mesmo a “dorme, dorme princesinha”...não há como explicar.
Eu a trago comigo, aqui em meu coração, como a pedra mais preciosa, dentro de um porta-jóias seguro; pois na sua fragilidade está a minha vida. Sem você, não tenho ar.
E pego-me a imaginar o teu futuro, e a construir na minha mente a felicidade que desejo pra você.
É olhando-te que vejo o pai que sempre quero ser.
É olhando-te que vejo o pai que sempre quis ter.

Te amo MAIS, minha princesa.